2 de set. de 2010

AVALIAÇÃO DE PROJETOS.




Segundo Sang (1988), a avaliação de projetos para a sociedade denota idéia de completa avaliação dos méritos e deméritos, ambos qualitativos e quantitativos, visto que contabiliza informações, estimativas e previsões financeiras, econômicas e sociais. Esta análise leva em conta implicações micro e macroeconômicas, das quais surge o conceito de análise custo-benefício (ACB) econômico ou social, como método de quantificação e medição de custos e benefícios para avaliação de investimentos de abrangência nacional.
A avaliação de projetos de investimento comumente envolve um conjunto de técnicas que buscam estabelecer parâmetros de sua viabilidade. Comumente esses parâmetros são expressos pelo Payback (Pb, prazo de retorno do investimento inicial), da TIR (taxa interna de retorno) ou do Valor Presente Líquido (VPL, resultado dos fluxos de caixas, descontados a data zero pelo custo de capital do projeto e subtraído do investimento inicial) e a taxa de custo-benefício (TCB, valor presente líquido de todos os fluxos de caixa futuros esperados divididos pelo investimento inicial). Porém, poucas são as considerações formais sobre os riscos que envolvem os fluxos de caixa de um projeto. A forma mais comum dá-se com a análise de sensibilidade, que costuma envolver a simulação de resultados para vários níveis de custo de capital e/ou taxa de crescimento de receitas.
Quando o VPL é adotado como parâmetro de decisão, o tratamento matemático formal envolve a determinação do seu valor médio e de sua variabilidade (ou risco, expresso sob a forma de desvio padrão) calculados a valor presente dos fluxos de caixa deste projeto. A obtenção da média não seria um complicador, já que o seu cálculo é simples, resultante da ponderação das outras médias de cada fluxo de caixa. Entretanto, a determinação do risco, conforme Markowitz já havia estabelecido em seu artigo “Portfolio Selection”, publicado no Journal of Finance em junho de 1952, envolveria a consideração da variabilidade de cada fluxo de caixa, mais a covariância, calculada dois a dois, para todos os fluxos. Se imaginarmos que cada fluxo de caixa pode ser considerado resultante de um conjunto de fatores de risco (como preços praticados, quantidades vendidas, custos e despesas), o tratamento matemático convencional seria muito complexo e, portanto, quase impossível na maioria das vezes, já que boa parte dos tomadores de decisão e/ou analistas de projetos não teriam condições de realizá-lo. Uma alternativa a esse problema pode ser expresso através da utilização do Método Latin Hypercube (MLH) ou de Monte Carlo (MMC) no cálculo da variabilidade do VPL obtido no projeto. Este procedimento envolve a utilização de números aleatórios nas simulações, o que pode facilitar acentuadamente os cálculos do risco, ainda mais quando suportados por um programa como o @Risck dotada de linguagem de programação que permite a geração automática dos resultados.

Referencias
SANG, H.H. Project evaluation: techniques and pratices for developing countries. New York: Wilson Press, 1988.
SILVA, I. S. da. Avaliação Econômica do Programa: “Acre livre de aftosa”. 2008.

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