8 de jun. de 2009

Economia e o mundo

A reflexão sobre os processos atualmente em curso no sistema mundial, aponta uma inegável transição desde a década de 1960, que corresponde ao esgotamento do ciclo sistêmico de acumulação de capital dominado pelos Estados Unidos, evidenciado no Segundo Pós-Guerra. Essa transição representaria a fase terminal do sistema histórico cujos primeiros passos ocorreram na Europa Ocidental cinco séculos atrás. Não obstante a diferença de perspectiva, ambos os enfoques convergem ao destacar o mundo asiático na arquitetura econômica e política que toma forma em escala planetária. É clara a sugestão de que um próximo ciclo sistêmico e mesmo um outro sistema histórico venham a ostentar a Ásia. Nos anos 1980 o desempenho industrial e comercial japonês nutriu esse entendimento. Nos 1990, início do século XXI, a China aparece como principal fonte inspiradora. Mas também a Índia é um interessan e caso a ser observado.
A China desponta pelo peso específico adquirido na economia mundial, tanto que acelerações ou desacelerações no plano interno repercutem ampla e velozmente. É pela atração de investimentos diretos externos que esse país realmente surpreende. É importante destacar que a China não atrai só atividades de baixo valor agregado mobiliza mão-de-obra de escassa qualificação. Empresas de setores de alta tecnologia têm se voltado para o país, atraídas pela oferta de engenheiros de boa formação e pelos incentivos incrustados nas Zonas Econômicas Especiais criadas pelo governo.
A Índia também tem figurado nas manchetes pelo fato de magnetizar os interesses de empresas ocidentais. Em parte isso se traduz no deslocamento de para o país, centrais de atendimento em que os clientes de empresas e bancos globais, procuram, além de fazer compras, soluções para problemas técnicos e informações de diversos tipos. Os baixos salários e o uso corrente e disseminado do idioma inglês na Índia ajudam a explicar essas transferências. Mas o essencial é que numerosas empresas vêm deslocando atividades de tecnologia avançada, como se observa no segmento de, a principal delas. Inicialmente eram transferidas tarefas que representavam menor valor agregado, abrangendo adaptação de programas e prestação de serviços.Hoje, empresas líderes instalam unidades de pesquisa e desenvolvimento utilizando amplamente a capacidade técnica local, sobressaindo nesta, engenheiros indianos formados no exterior e com passagens como Silicon Valley.
Não surpreende, que China e Índia freqüentem o estridente noticiário.

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