No Estado do Acre, a base da economia sempre esteve assentada no setor primário. A própria historia do Acre se confunde com a história da economia gumífera. A colonização acreana se dá a partir da expansão do extrativismo da borracha, cuja produção era destina a regiões mais distantes de Belém e Manaus. A partir da década de 70, já com o declínio da economia gumífera, o Acre passa por transformações do ponto de vista social, econômico e político. É no período entre os anos 70 e inicio dos anos 80 que o setor primário (agropecuário e extrativismo) apresenta queda drástica na sua participação relativa na composição do PIB. De acordo com o ZEE (Zoneamento Econômico e Ecológico), o setor passa de 40,8% para 16,7% de participação. Tais transformações não ocorrem como processo tranqüilo. É um período de luta dos seringueiros contra a expansão da pecuária.
A aceleração do crescimento populacional nesse período exige cada vez mais, um desempenho estratégico do setor agropecuário na economia estadual, com vistas a garantir o abastecimento do mercado doméstico com alimentos de qualidade.
A expansão das áreas de pastagens no período entre 70 e 80 e também da década de 90, sugere, dentre outros, expansão do mercado consumidor local, que ocorre em menor proporção que o aumento das áreas de pastagens.
Em 1975 o Acre apresentava 124 mil hectares de pastagens, em 1995 a área tinha ampliado para 614 mil hectares e em 2004 já havia crescido para 1.335 mil hectares, representado, nesse ultimo ano, 81,1% da área desmatada que corresponde a 10% da extensão territorial do Estado, ou seja, 1.644 mil ha.
Em novembro de 2005, o rebanho bovino era de 2.298.511 cabeças, distribuído em 18.489 propriedades, das quais 75,4% eram pequenas propriedades com até 100 cabeças de gado. Os sistemas de produção agropecuários têm participação predominante na economia do setor primário do Acre, sendo, também, as atividades de maior impacto social e ambiental no meio rural do Estado (Valentim e Andrade, 2003; Acre, 2006; Oliveira et al., 2006; IBGE, 2006a; IBGE, 2006b).
O crescimento da participação Acreana em relação ao rebanho da região norte, em 1995 era de 2,5% do total do rebanho da região. Em 2005 tal participação era de 5,6%, representado um crescimento de 390,67%, no período de 1995 a 2005.
O desenvolvimento desse segmento produtivo estimula a geração de emprego, renda, e principalmente, disponibilizar matérias-primas para as agroindústrias, o que estabelece maior dinamismo ao crescimento do setor e da economia como um todo.
Para VALENTIM e GOMES (2006) as atividades agropecuárias são desenvolvidas principalmente por pequenos produtores de base familiar e caracterizadas como de baixo nível tecnológico (pouca utilização de mecanização, corretivos e fertilizantes e sementes melhoradas). Assim, esta atividade é altamente dependente da derruba e queima de áreas de florestas. Após o cultivo das áreas desmatadas por dois a três anos com cultura anuais alimentares (arroz, milho, feijão, mandioca e melancia), 12% destas áreas são cultivadas com culturas perenes (banana, café, pupunha, laranja, mamão, guaraná, tangerina, maracujá, manga, abacate e outras espécies). Mais de 80% das áreas agrícolas são, posteriormente, convertidas em pastagens para o desenvolvimento da pecuária bovina. As médias e grandes propriedades têm participação expressiva na pecuária bovina de corte, porém reduzida nas atividades agrícolas.
Pela importância revelada, essa atividade requer maior racionalidade econômica em seu desenvolvimento, visto que os sistemas de produção em prática apresentam baixa rentabilidade e sustentabilidade, a alternativa é torná-los mais intensivos, em termos tecnológicos, aproveitando os recursos naturais de modo mais racional com vistas a efetivar ganhos crescentes de produtividade.
A aceleração do crescimento populacional nesse período exige cada vez mais, um desempenho estratégico do setor agropecuário na economia estadual, com vistas a garantir o abastecimento do mercado doméstico com alimentos de qualidade.
A expansão das áreas de pastagens no período entre 70 e 80 e também da década de 90, sugere, dentre outros, expansão do mercado consumidor local, que ocorre em menor proporção que o aumento das áreas de pastagens.
Em 1975 o Acre apresentava 124 mil hectares de pastagens, em 1995 a área tinha ampliado para 614 mil hectares e em 2004 já havia crescido para 1.335 mil hectares, representado, nesse ultimo ano, 81,1% da área desmatada que corresponde a 10% da extensão territorial do Estado, ou seja, 1.644 mil ha.
Em novembro de 2005, o rebanho bovino era de 2.298.511 cabeças, distribuído em 18.489 propriedades, das quais 75,4% eram pequenas propriedades com até 100 cabeças de gado. Os sistemas de produção agropecuários têm participação predominante na economia do setor primário do Acre, sendo, também, as atividades de maior impacto social e ambiental no meio rural do Estado (Valentim e Andrade, 2003; Acre, 2006; Oliveira et al., 2006; IBGE, 2006a; IBGE, 2006b).
O crescimento da participação Acreana em relação ao rebanho da região norte, em 1995 era de 2,5% do total do rebanho da região. Em 2005 tal participação era de 5,6%, representado um crescimento de 390,67%, no período de 1995 a 2005.
O desenvolvimento desse segmento produtivo estimula a geração de emprego, renda, e principalmente, disponibilizar matérias-primas para as agroindústrias, o que estabelece maior dinamismo ao crescimento do setor e da economia como um todo.
Para VALENTIM e GOMES (2006) as atividades agropecuárias são desenvolvidas principalmente por pequenos produtores de base familiar e caracterizadas como de baixo nível tecnológico (pouca utilização de mecanização, corretivos e fertilizantes e sementes melhoradas). Assim, esta atividade é altamente dependente da derruba e queima de áreas de florestas. Após o cultivo das áreas desmatadas por dois a três anos com cultura anuais alimentares (arroz, milho, feijão, mandioca e melancia), 12% destas áreas são cultivadas com culturas perenes (banana, café, pupunha, laranja, mamão, guaraná, tangerina, maracujá, manga, abacate e outras espécies). Mais de 80% das áreas agrícolas são, posteriormente, convertidas em pastagens para o desenvolvimento da pecuária bovina. As médias e grandes propriedades têm participação expressiva na pecuária bovina de corte, porém reduzida nas atividades agrícolas.
Pela importância revelada, essa atividade requer maior racionalidade econômica em seu desenvolvimento, visto que os sistemas de produção em prática apresentam baixa rentabilidade e sustentabilidade, a alternativa é torná-los mais intensivos, em termos tecnológicos, aproveitando os recursos naturais de modo mais racional com vistas a efetivar ganhos crescentes de produtividade.
Senti falta de comentarios sobre as queimadas, que por sinal este ano castigou bastante.bjim
ResponderExcluirInfelizmente o foco do trabalho não era a análise de queimadas, contudo, abordou-se um pouco sobre o resultado dela, ou seja, o desmatamento.
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