Segundo
Sang (1988), a avaliação de projetos para a sociedade denota idéia de completa
avaliação dos méritos e deméritos, ambos qualitativos e quantitativos, visto
que contabiliza informações, estimativas e previsões financeiras, econômicas e
sociais. Esta análise leva em conta implicações micro e macroeconômicas, das
quais surge o conceito de análise custo-benefício (ACB) econômico ou social,
como método de quantificação e medição de custos e benefícios para avaliação de
investimentos de abrangência nacional.
A
avaliação de projetos de investimento comumente envolve um conjunto de técnicas
que buscam estabelecer parâmetros de sua viabilidade. Comumente esses
parâmetros são expressos pelo Payback (Pb, prazo de retorno do investimento
inicial), da TIR (taxa interna de retorno) ou do Valor Presente Líquido (VPL,
resultado dos fluxos de caixas, descontados a data zero pelo custo de capital
do projeto e subtraído do investimento inicial) e a taxa de custo-benefício
(TCB, valor presente líquido de todos os fluxos de caixa futuros esperados
divididos pelo investimento inicial). Porém, poucas são as considerações
formais sobre os riscos que envolvem os fluxos de caixa de um projeto. A forma
mais comum dá-se com a análise de sensibilidade, que costuma envolver a
simulação de resultados para vários níveis de custo de capital e/ou taxa de
crescimento de receitas.
Quando
o VPL é adotado como parâmetro de decisão, o tratamento matemático formal envolve
a determinação do seu valor médio e de sua variabilidade (ou risco, expresso
sob a forma de desvio padrão) calculados a valor presente dos fluxos de caixa
deste projeto. A obtenção da média não seria um complicador, já que o seu
cálculo é simples, resultante da ponderação das outras médias de cada fluxo de
caixa. Entretanto, a determinação do risco, conforme Markowitz já havia
estabelecido em seu artigo “Portfolio Selection”, publicado no Journal of
Finance em junho de 1952, envolveria a consideração da variabilidade de cada
fluxo de caixa, mais a covariância, calculada dois a dois, para todos os
fluxos. Se imaginarmos que cada fluxo de caixa pode ser considerado resultante
de um conjunto de fatores de risco (como preços praticados, quantidades vendidas,
custos e despesas), o tratamento matemático convencional seria muito complexo
e, portanto, quase impossível na maioria das vezes, já que boa parte dos
tomadores de decisão e/ou analistas de projetos não teriam condições de
realizá-lo. Uma alternativa a esse problema pode ser expresso através da
utilização do Método Latin Hypercube (MLH) ou de Monte Carlo (MMC) no cálculo
da variabilidade do VPL obtido no projeto. Este procedimento envolve a
utilização de números aleatórios nas simulações, o que pode facilitar
acentuadamente os cálculos do risco, ainda mais quando suportados por um
programa como o @Risck dotada de linguagem de programação que permite a geração
automática dos resultados.
Referencias
SANG,
H.H. Project evaluation: techniques and pratices for developing countries. New York: Wilson Press, 1988.
SILVA,
I. S. da. Avaliação Econômica do
Programa: “Acre livre de aftosa”. 2008.
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