27 de abr. de 2009

Engenheiros,Administradores ou Economistas?


Até 1945, os cursos de Economia no Brasil ofereciam formação diversificada e prática naárea de economia e finanças, abrangendo disciplinas como geografia econômica,administração, contabilidade, direito, história econômica, estatística, finanças. Com a reforma do Ministro Capanema, em 1945, o curso ganhou caráter especializado, predominando as disciplinas teórico-quantitativas dasáreas de micro e macroeconomia, econometria e planejamento,oferecendo quadros de pessoal para o Estado desenvolvimentista e keynesiano do pós-guerra. O fim do regime militar originou o novocurrículo em 1984, com abertura para as demais ciências sociais(Sociologia, História, Direito etc.) e para os outros paradigmas econômicos (Economia Clássica, Marxista, Neoclássica, Keynesianaetc.). As novas diretrizes curriculares recentemente aprovadas peloConselho Federal de Educação (ainda não homologadas) definem nova ordem para o curso: flexibilidade para atender vocações regionais enovas formas de aprendizado.Destacam-se dois princípios norteadores: a) preservar a forte baseteórico-quantitativa (aprendida em livros e disciplinas); b) acentuar odesenvolvimento de competências e habilidades em ambientes extraclasse (laboratórios, estágios, pesquisas, grupos de estudo,atividades de extensão, trabalhos extraclasse etc.), especialmente mediante instrumentos de aprendizado proporcionados pela tecnologiada informação. O sucesso dos cursos de Economia dependerá da ênfasea uma nova dinâmica de aprendizado, articulando o conhecimento estruturado do meio científico ao conhecimento tácito e ao aprendizadode habilidades, este adquirido através de interações com a realidade local.
Adaptado de José Antônio Nicolau - Chefe de Departamento e Coordenador do Curso de Ciências Econômicas Da UFSC - Universidade Federal do Estado de Santa Catarina.

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