Os editais do concurso para o Tribunal de
Contas da União (TCU) foram divulgados na última terça-feira, 9. São
oferecidas 108 vagas, sendo 42 para técnico (nível médio) e outras 66
destinadas a auditor (superior), com ganhos de R$8.723,10 e de
R$14.863,40, nesta ordem, que já incluem as gratificações e o
auxílio-alimentação de R$784,74. A carga de
trabalho é de 40 horas semanais.
Nesta sexta-feira, dia 12, foi
publicada, no Diário Oficial da União uma retificação que altera o
programa para auditores. No que se refere aos conhecimentos gerais,
houve mudanças no conteúdo de Controle Externo; e em relação aos
conteúdos específicos, os assuntos referentes a Contabilidade Pública e
Fiscalização de Contratos de Tecnologia da Informação também foram
retificados. O edital também faz referência ao email de contato com o
Cespe/UnB e aos impedimentos para posse. O documento pode ser consultado
no anexo abaixo, ao fim da matéria.
As inscrições serão abertas na próxima segunda-feira, dia 15 de junho, e seguem até as 18h do dia 29 de junho, no site do Cespe/UnB,
organizador. As taxas são de R$90 (técnico) e R$160 (auditor), com
possibilidade de isenção para os membros de família de baixa renda
inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(CadÚnico), que devem seguir as instruções dos editais de abertura, que
estão disponíveis para consulta aqui, na FOLHA DIRIGIDA Online.
Conforme a lei, há vagas reservadas
para portadores de deficiência. Os candidatos que forem concorrer sob
essa condição, devem entregar ou encaminhar ao Cespe/UnB, via Sedex ou
carta registrada com aviso de recebimento, uma cópia do CPF e do
documento de identidade, bem como original ou cópia autenticada em
cartório do laudo médico. A relação dos pedidos deferidos será divulgada
no dia 24 de julho.
As vagas de técnico são para Brasília
(32), Maranhão (2), Acre (1), Mato Grosso (1), Amazonas (1), Bahia (1),
Pará (1), Pernambuco (1), Rondônia (1) e Roraima (1). As 66 para auditor
federal de controle externo destinam-se às áreas de Auditoria
Governamental (36) e de Tecnologia da Informação (30). As da primeira
especialidade serão distribuídas da seguinte maneira: Brasília (29),
Acre (2), Amazonas (1), Amapá (1), Mato Grosso (1), Pará (1) e Roraima
(1). Para a área de TI, todas as vagas serão destinadas à capital
federal.
Provas em agosto: candidatos cobram aplicação em todas as capitais
Os candidatos a técnicos do TCU farão
as primeiras avaliações no dia 9 de agosto, aplicadas pela manhã e à
tarde. As objetivas terão 50 itens de conhecimentos básicos - Língua
Portuguesa, Direito Constitucional, Noções de Informática e Atualidades -
e outros 50 de conhecimentos específicos - Direito Administrativo,
Controle Externo, Execução Orçamentária Financeira e Noções de
Administração. A prova discursiva terá duas questões, sendo uma para
cada parte. Os candidatos serão ainda submetidos a uma peça de natureza
técnica, de assuntos básicos.
Já os auditores serão submetidos ao
exames em 16 de agosto, seguindo a mesma divisão de turnos. Serão
aplicadas 200 questões objetivas, sendo 100 de conhecimentos gerais -
Língua Portuguesa e Inglesa, Raciocínio Analítico, Matemática
Financeira, Estatística, Controle Externo, Direito Constitucional,
Administrativo, Civil, Processual Civil e Penal, Auditoria Governamental
e Análise de Informações - e 100 itens de específicos, que variam de
acordo com a especialidade.
Os aprovados na primeira etapa
passarão ainda por um programa de formação que será ministrado apenas na
cidade de Brasília. O curso terá duração mínima de 60 horas, e durante a
sua realização, o candidato fará jus a auxílio financeiro, na forma da
legislação vigente à época. Os concursos têm validade de dois anos, para
técnico, e de seis meses para auditor, podendo ser prorrogados por
igual período. A contratação é estatutária, com estabilidade.
A decisão de aplicar as provas
objetivas e discursivas apenas nas capitais dos estados onde há oferta
de vagas já repercute negativamente entre os candidatos nas redes
sociais, que pedem que as avaliações sejam realizadas em todas as
capitais do país. A determinação vai contra a discussão sobre o Projeto
de Lei nº 2349/07, em discussão no Congresso Nacional, que dispõe sobre o
fato dos concursos federais aplicarem provas em todas as capitais,
desde que registrados ao menos 50 candidatos na localidade.
Cristiane Ortiz estuda para este
concurso há dois anos e agora não tem certeza se conseguirá participar.
“Não terá provas no meu estado e eu precisaria ir até Mato Grosso no dia
da aplicação. Sairá muito caro e não contava com isso no meu
planejamento financeiro”, diz. Outro candidato que critica essa decisão é
Luiz Fernando Garcia, do Rio de Janeiro. “Não haverá prova em nenhuma
cidade próxima ao Rio. É uma pena, realmente”, lamenta.
FONTE: FOLHA DIRIGIDA
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