Quanta dificuldade !!!
Curso sofrido para muitos, afinal, é um periodo de intensas atividades.
O prazo para oo trabalho I esgotou-se.
O prazo para o trabalho 2, era para o dia 22/11.
Assim, fica prorrogado para o dia 24/11.
Espero que todos ganhem com isso.
Abraços.
Prof. Idaildo Souza
Mestre em Desenvolvimento Regional, titulado pela Universidade Federal do Acre (UFAC) em 2008. É Graduado em Ciências Econômicas pela UFAC desde 2002 e cursa a Graduação em Direito. Pós Graduado em Gestão de Custos pela UNINTER/FACINTER e em Gestão Financeira, Controladoria e auditoria pelo MBA da Fundação Getúlio Vargas. Também é Técnico em Transações Imobiliária (Corretor de Imóveis) pelo INEDI/DF. Atualmente atua como Analista de Controle Externo no Tribunal de Contas do Estado do Acre.
21 de nov. de 2011
A voz do Brasil e o novo salário mínimo
Um dos programas mais antigos do rádio brasileiro, a voz do Brasil, mesmo chateando alguns, permite que fiquemos sabendo de informaçoes importantíssimas, mesmo que nao sejam agradáveis para muitos.
Leia a novidade - O governo anunciou ao Congresso Nacional a elevação do valor do
salário mínimo para R$ 622,73 a partir de 1º de janeiro de 2012. A
previsão era R$ 619,21, com a revisão aumentou R$ 3,52. O reajuste
consta da atualização dos parâmetros econômicos utilizados na proposta
orçamentária de 2012. O anúncio foi enviado em ofício do Ministério do
Planejamento.
O
projeto orçamentário encaminhado ao Congresso, em agosto passado, foi
feito com previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de
5,7%. Com a atualização que elevou a inflação para 6,3%, também haverá a
elevação do reajuste do salário mínimo, que era 13,62% para 14,26% em
relação ao atual valor que é R$ 545,00.
A
política de recuperação do salário mínimo prevê reajuste com base na
inflação de 2011 mais a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) de 2010, que foi de 7,5%. Com a projeção de aumento do INPC haverá
também aumento nos benefícios assistenciais e previdenciários para os
que recebem acima de um salário mínimo. A previsão de reajuste para
esses casos subiu de 5,7% para 6,3%.
Edição: Rivadavia Severo
Economia Brasileira I - Resultado
Enfim, o resultado do curso de Economia Brasileira Contemporanea I.
Sendo assim, meus parabéns a todos os participantes !
Prof. Idaildo Souza
Sendo assim, meus parabéns a todos os participantes !
Prof. Idaildo Souza
8 de nov. de 2011
Economia Brasileira Coontemporanea II - Atividade I
Olá turma,
Aos alunos que vao cursar apenas a Economia Brasileira Contemporanea II, a plano de curso já foi postado.
Aos alunos que continuam no curso da Econ Bras Contemp I e também precisam cursar a II, preparem-se!
A maior preocupaçao é com os "novos alunos". Estes precisam acessar o material e buscar os livros indicados.
A primeira atividade já foi enviada.
Assim, a primeira atividade do curso de Economia Brasileira Contemporanea II será a elaboraçao de uma resenha com base no texto disponibilizado (Página 5 do artigo - Desenvolvimento econômico brasileiro. Retrocessos e avanços).
O prazo de entrega da resenha expira no dia 12 de novembro.
Fiquem atentos!!!
Prof. Idaildo Souza
Aos alunos que vao cursar apenas a Economia Brasileira Contemporanea II, a plano de curso já foi postado.
Aos alunos que continuam no curso da Econ Bras Contemp I e também precisam cursar a II, preparem-se!
A maior preocupaçao é com os "novos alunos". Estes precisam acessar o material e buscar os livros indicados.
A primeira atividade já foi enviada.
Assim, a primeira atividade do curso de Economia Brasileira Contemporanea II será a elaboraçao de uma resenha com base no texto disponibilizado (Página 5 do artigo - Desenvolvimento econômico brasileiro. Retrocessos e avanços).
O prazo de entrega da resenha expira no dia 12 de novembro.
Fiquem atentos!!!
Prof. Idaildo Souza
7 de nov. de 2011
Resenha - O que é isso???
Aproveitando as diversas explicaçoes do livro de "redaçao fácil" que tenho guardado desde o final da década de 90, acabei mixando com conteúdos dispostos na internet, com o objetivo de ajudar ao aluno na elaboraçao de uma resenha.
Assim, entenda que a Resenha é um genero textual. Para nós o importante é saber que ela é do um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um
determinado assunto, fato cultural, etc., que pode ser um livro, um filme, peças
teatrais, exposições, shows etc.
O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção
cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais
familiarizados com todo esse conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto,
mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O
resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos
terá escrito a resenha ideal.
No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso
recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa
mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam
elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados
pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.
Tipos de Resenha
Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.
Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica,
que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização
dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.
Na resenha acadêmica critica - que é a do nosso iteresse - os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
- Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
- Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
- Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
- Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
- Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
- Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
- Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
- Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e identificar-se.
Mesmo tendo abordado o que nos interessa, vamos contribuir com o apredizado, expondo outros tipos.
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos,
excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha
descritiva apenas descreve, não expõe a opinião do resenhista. Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:
- Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
- Resuma o (s) texto (s): Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
- Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
- Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas;
- Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição.
Conclusão
Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira
vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar,
resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um
filme em um verdadeiro fracasso.
As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da
arte em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam
selecionar quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente
pequeno.
Agora é questão de colocar a mão na massa e começar a produzir suas próprias resenhas!
Prof. Idaildo Souza
4 de nov. de 2011
Atividade de Encerramento
Olá turma,
Com o envio do resumo complementar (obrigatório), encerramos a unidade III do nosso Programa.
A qualquer momento estarei enviando a atividade 2.
Certeza para a grande maioria será a última atividade.
Para uma pequena maioria (quem nao alcançar a média), estarei combinando um encontro para revisao final e avaliaçao final.
Aos cursistas da Economia Brasileira Contemporanea II, o resumo 5 já marca o inicio do curso.
O curso da segunda disciplina é bem mais extenso, por isso, o aluno terá que ter maior atençao e dedicaçao.
Abraços a todos.
Prof. Idaildo Souza
Com o envio do resumo complementar (obrigatório), encerramos a unidade III do nosso Programa.
A qualquer momento estarei enviando a atividade 2.
Certeza para a grande maioria será a última atividade.
Para uma pequena maioria (quem nao alcançar a média), estarei combinando um encontro para revisao final e avaliaçao final.
Aos cursistas da Economia Brasileira Contemporanea II, o resumo 5 já marca o inicio do curso.
O curso da segunda disciplina é bem mais extenso, por isso, o aluno terá que ter maior atençao e dedicaçao.
Abraços a todos.
Prof. Idaildo Souza
3 de nov. de 2011
Ementa da curso de Economia Brasileira Contemporanea II
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
E SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
PROGRAMA DA
DISCIPLINA
Economia Brasileira
Contemporânea II
Curso de Economia
Carga Horária – 60
Horas
Professor: Msc.
IDAILDO SOUZA DA SILVA
EMENTA
A
desaceleração do crescimento e as inflexões na política econômica de 1974 a
1980. A crise dos anos 80 e 90 e os planos de estabilização econômica mais
recentes.
OBJETIVOS
Dotar o
profissional em economia de conhecimentos sobre o desenvolvimento capitalista
da economia brasileira, bem como sua inserção na economia mundial capitalista. Destacar
o caráter extremamente dependente das economias em
desenvolvimento. Visualizar a economia brasileira frente ao processo de
globalização da economia mundial e as tendências do desenvolvimento econômico.
CONTEÚDO
Unidade I – A
desaceleração do crescimento e as inflexões na política econômica de 1974 a
1980
·
II PND – Fim de um ciclo
Unidade II – Os anos
1980: Crise e Inflação
·
Choques externos e desestruturação interna
·
A crise da dívida externa e a crise fiscal do
Estado
·
Teoria da inflação inercial e políticas de
estabilização
Unidade III – Os anos
1990: A modernização conservadora
·
Abertura comercial e o governo Collor
·
Novo modelo de inserção da economia brasileira
·
Plano Real e seus desdobramentos
Unidade IV – Tópico
selecionado
·
Pobreza e distribuição de renda
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
ABREU, Marcelo
Paiva (org.). A Ordem do Progresso: Cem
Anos de Política Econômica Republicana (1889 – 1989). 25ª. Tir. Rio de Janeiro:
Elsevier, 1990.
BARROS, R.P. et
alli. “A estabilidade inaceitável: desigualdade e pobreza no
Brasil". IPEA, Texto Para
Discussão, n. 800, junho de 2001.
GREMAUD, Amaury P.; VANCONCELOS, Marco Antonio S. de; TONETO
JR., Rudinei. Economia Brasileira
Contemporânea. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
REGO, José Márcio; MARQUES, Rosa Maria (orgs.). Economia Brasileira. 3ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.
SOUZA, Nilson A. de. Economia
Brasileira Contemporânea: de Getúlio a Lula. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
2 de nov. de 2011
Comentando sobre a Crise de 1930 e o Avanço da Industrialização Brasileira, incluindo o Plano de Metas.
Vale à pena relembrar !!
A Grande Depressão de 1930 é considerada o marco fundamental do processo de consolidação da produção industrial brasileira. Somente após a crise o café deixou de ser o produto que determinava os destinos da economia brasileira.
A política econômica brasileira caracterizava-se por ser, até a Revolução de 30, orientada basicamente pelo objetivo de proteger as exportações de café. Após a perda da hegemonia cafeeira, a qual se refletiu integralmente na constituição do Estado Novo, os estímulos governamentais voltaram-se para o avanço do processo de industrialização do País.
Nesse contexto, a Grande Depressão representou o “canto de cisne” da proteção ao café. Com o grande esfriamento do mercado internacional, tornou-se impossível, para o governo, persistir na política de retenção dos estoques de café. Além disto, a política de defesa do produto viu-se comprometida pela manutenção de uma política cambial inadequada (baseada na conversibilidade mil-réis/ouro e na livre mobilidade de capitais). A conjugação desses fatores terminou por inviabilizar a política governamental de sustentação dos preços do café, amparada na estocagem do produto financiada por empréstimos externos.
A política econômica brasileira caracterizava-se por ser, até a Revolução de 30, orientada basicamente pelo objetivo de proteger as exportações de café. Após a perda da hegemonia cafeeira, a qual se refletiu integralmente na constituição do Estado Novo, os estímulos governamentais voltaram-se para o avanço do processo de industrialização do País.
Nesse contexto, a Grande Depressão representou o “canto de cisne” da proteção ao café. Com o grande esfriamento do mercado internacional, tornou-se impossível, para o governo, persistir na política de retenção dos estoques de café. Além disto, a política de defesa do produto viu-se comprometida pela manutenção de uma política cambial inadequada (baseada na conversibilidade mil-réis/ouro e na livre mobilidade de capitais). A conjugação desses fatores terminou por inviabilizar a política governamental de sustentação dos preços do café, amparada na estocagem do produto financiada por empréstimos externos.
Os anos 1950 foram marcados pela Guerra Fria, e nesse contexto países como o Brasil foram deixados à própria sorte, dependendo estritamente do mercado e dos movimentos privados de capitais para o financiamento de seus déficits em transações correntes e de seus projetos desenvolvimentistas.
O maior desenvolvimento industrial brasileiro foi proporcionado pelo PSI, que no entanto, era bloqueado pelos estrangulamentos cambiais.
A conseqüência lógica do PSI foi a necessidade de avanço e aprofundamento do próprio processo, para que o país passasse a produzir internamente também os bens de produção.
Uma economia pode ser dividida em dois setores. O departamento I é o setor produtor de bens de produção, isto é, bens de capital e bens intermediários. Este setor têm sido, ao longo da história capitalista, o maior responsável pelo crescimento econômico dos países industrializados. Já o departamento II é aquele composto pelo setor produtor de bens de consumo, e pode ser subdividido em um setor produtor de bens de consumo dos capitalistas (duráveis ou de luxo) e outro produtor de bens de consumo assalariado (simples ou não-duráveis). Para o funcionamento adequado do processo de acumulação capitalista em uma dada economia, o departamento I deve ser capaz de produzir e fornecer todos os insumos indispensáveis ao desenvolvimento do departamento II.
O projeto nacionalista de Vargas, nos anos 50, inseria-se no contexto da reconstrução internacional do pós-guerra. A preocupação dos EUA com a Europa e o Japão teve reflexos importantes sobre o Brasil, o qual passou a depender inteiramente do mercado privado de capitais externos para efetuar o financiamento de seus projetos desenvolvimentistas e de seus déficits em transações correntes. No cenário interno, o novo projeto de Vargas representava uma nova tentativa de superação dos estrangulamentos provocados pelo PSI. Os dois departamentos da economia já haviam começado a adquirir certa relevância, denotando o desenvolvimento do setor industrial, e Vargas buscava desenvolvê-lo ainda mais, através de empreendimentos estatais. Contudo, o nacionalismo da proposta varguista afugentava a participação de capitais estrangeiros no processo, razão pela qual o impulso para o novo bloco de investimentos previsto foi dado pelos altos lucros da atividade industrial (oriundos, por sua vez, da sobrevalorização cambial e da transferência de renda do setor agroexportador para a indústria).
Café Filho implementou duas políticas econômicas durante seu curto mandato: a primeira, conduzida pelo Ministro da Fazenda Eugênio Gudin, caracterizou-se pela ferrenha ortodoxia; posteriormente, o sucessor de Gudin, José Maria Whitaker, tentou defender alguns interesses da cafeicultura paulista e administrar a crise vigente por meio de uma reforma cambial, também liberalizante.
A gestão de Eugênio Gudin priorizou as políticas anti-inflacionárias baseadas no controle das emissões monetárias e do crédito, ou seja, apoiava-se no diagnóstico monetarista da inflação. Desta maneira, efetuaram-se cortes nos gastos públicos e uma forte contração monetária e creditícia, os quais terminaram por ocasionar a falta de liquidez responsável pela subseqüente crise bancária e empresarial. O combate inflacionário não era a única preocupação de Gudin, que procurou também eliminar os obstáculos à livre entrada de capitais externos no Brasil, por meio da Instrução 113 da SUMOC. Ademais, a política econômica de Gudin revelou-se contrária aos interesses da cafeicultura, a qual se viu bastante prejudicada pelo confisco cambial imposto pelas taxas múltiplas de câmbio.
O planejamento estatal brasileiro, consubstanciado no Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, é considerado um caso bem-sucedido de formulação e implementação de planejamento. O Estado conseguiu articular grandes somas de investimentos privados de origem externa e interna. Contrariamente ao projeto nacionalista de Vargas, havia uma clara aceitação da predominância do capital externo, limitando-se o capital nacional ao papel de sócio menor desse processo.
O Plano de Metas representou a primeira experiência efetiva brasileira de planejamento estatal, e foi implementado no período 1956-1960. Contemplava, além de amplos projetos estatais de infra-estrutura, a articulação de substanciais quantias de investimentos privados de origem externa e interna. No seu conjunto de 31 metas havia um ambicioso conjunto de objetivos setoriais, e as áreas de energia, transporte, siderurgia e refino de petróleo constituíram as prioridades em relação à parcela de investimentos alocada. O Plano buscava, também, estimular a expansão e a diversificação do setor secundário, e foram criados grupos executivos a fim de possibilitar a formulação conjunta de políticas industriais. No que tange às fontes de financiamento do Plano de Metas, este apoiava-se principalmente na expansão dos meios de pagamento e do crédito (através de empréstimos do BNDE) e na tomada de empréstimos do exterior.
A significativa elevação na taxa de crescimento industrial decorrente do Plano de Metas apoiou-se em um tripé formado pelas empresas estatais, pelo capital privado estrangeiro e, em menor escala, pelo capital privado nacional. A hegemonia do capital externo era uma condição necessária para a efetiva implementação do Plano, em razão do caráter extremamente ambicioso do projeto face às condições de financiamento estatal e de capitais privados. O capital internacional tornou-se, assim, dominante na produção manufatureira interna, desempenhando um papel importante no processo então iniciado de oligopolização da economia brasileira.
O maior desenvolvimento industrial brasileiro foi proporcionado pelo PSI, que no entanto, era bloqueado pelos estrangulamentos cambiais.
A conseqüência lógica do PSI foi a necessidade de avanço e aprofundamento do próprio processo, para que o país passasse a produzir internamente também os bens de produção.
Uma economia pode ser dividida em dois setores. O departamento I é o setor produtor de bens de produção, isto é, bens de capital e bens intermediários. Este setor têm sido, ao longo da história capitalista, o maior responsável pelo crescimento econômico dos países industrializados. Já o departamento II é aquele composto pelo setor produtor de bens de consumo, e pode ser subdividido em um setor produtor de bens de consumo dos capitalistas (duráveis ou de luxo) e outro produtor de bens de consumo assalariado (simples ou não-duráveis). Para o funcionamento adequado do processo de acumulação capitalista em uma dada economia, o departamento I deve ser capaz de produzir e fornecer todos os insumos indispensáveis ao desenvolvimento do departamento II.
O projeto nacionalista de Vargas, nos anos 50, inseria-se no contexto da reconstrução internacional do pós-guerra. A preocupação dos EUA com a Europa e o Japão teve reflexos importantes sobre o Brasil, o qual passou a depender inteiramente do mercado privado de capitais externos para efetuar o financiamento de seus projetos desenvolvimentistas e de seus déficits em transações correntes. No cenário interno, o novo projeto de Vargas representava uma nova tentativa de superação dos estrangulamentos provocados pelo PSI. Os dois departamentos da economia já haviam começado a adquirir certa relevância, denotando o desenvolvimento do setor industrial, e Vargas buscava desenvolvê-lo ainda mais, através de empreendimentos estatais. Contudo, o nacionalismo da proposta varguista afugentava a participação de capitais estrangeiros no processo, razão pela qual o impulso para o novo bloco de investimentos previsto foi dado pelos altos lucros da atividade industrial (oriundos, por sua vez, da sobrevalorização cambial e da transferência de renda do setor agroexportador para a indústria).
Café Filho implementou duas políticas econômicas durante seu curto mandato: a primeira, conduzida pelo Ministro da Fazenda Eugênio Gudin, caracterizou-se pela ferrenha ortodoxia; posteriormente, o sucessor de Gudin, José Maria Whitaker, tentou defender alguns interesses da cafeicultura paulista e administrar a crise vigente por meio de uma reforma cambial, também liberalizante.
A gestão de Eugênio Gudin priorizou as políticas anti-inflacionárias baseadas no controle das emissões monetárias e do crédito, ou seja, apoiava-se no diagnóstico monetarista da inflação. Desta maneira, efetuaram-se cortes nos gastos públicos e uma forte contração monetária e creditícia, os quais terminaram por ocasionar a falta de liquidez responsável pela subseqüente crise bancária e empresarial. O combate inflacionário não era a única preocupação de Gudin, que procurou também eliminar os obstáculos à livre entrada de capitais externos no Brasil, por meio da Instrução 113 da SUMOC. Ademais, a política econômica de Gudin revelou-se contrária aos interesses da cafeicultura, a qual se viu bastante prejudicada pelo confisco cambial imposto pelas taxas múltiplas de câmbio.
O planejamento estatal brasileiro, consubstanciado no Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, é considerado um caso bem-sucedido de formulação e implementação de planejamento. O Estado conseguiu articular grandes somas de investimentos privados de origem externa e interna. Contrariamente ao projeto nacionalista de Vargas, havia uma clara aceitação da predominância do capital externo, limitando-se o capital nacional ao papel de sócio menor desse processo.
O Plano de Metas representou a primeira experiência efetiva brasileira de planejamento estatal, e foi implementado no período 1956-1960. Contemplava, além de amplos projetos estatais de infra-estrutura, a articulação de substanciais quantias de investimentos privados de origem externa e interna. No seu conjunto de 31 metas havia um ambicioso conjunto de objetivos setoriais, e as áreas de energia, transporte, siderurgia e refino de petróleo constituíram as prioridades em relação à parcela de investimentos alocada. O Plano buscava, também, estimular a expansão e a diversificação do setor secundário, e foram criados grupos executivos a fim de possibilitar a formulação conjunta de políticas industriais. No que tange às fontes de financiamento do Plano de Metas, este apoiava-se principalmente na expansão dos meios de pagamento e do crédito (através de empréstimos do BNDE) e na tomada de empréstimos do exterior.
A significativa elevação na taxa de crescimento industrial decorrente do Plano de Metas apoiou-se em um tripé formado pelas empresas estatais, pelo capital privado estrangeiro e, em menor escala, pelo capital privado nacional. A hegemonia do capital externo era uma condição necessária para a efetiva implementação do Plano, em razão do caráter extremamente ambicioso do projeto face às condições de financiamento estatal e de capitais privados. O capital internacional tornou-se, assim, dominante na produção manufatureira interna, desempenhando um papel importante no processo então iniciado de oligopolização da economia brasileira.
Extraído com base em:
GREMAUD, Amaury P.; VANCONCELOS, Marco Antonio S. de; TONETO JR.,
Rudinei. Economia Brasileira Contemporânea. 7ª ed. São Paulo: Atlas,
2009.
REGO, José Márcio; MARQUES, Rosa Maria (orgs.). Economia Brasileira. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006;
Prof. Idaildo Souza
Unidade II do curso de Economia Brasileira Contemporanea I.
Vamos prosseguir,
O resultado da enquete foi de que 96% dos alunos (que responderam) gostaram do tipo de atividade enviada e querem que a segunda atividade siga o mesmo padrao.
Assim, manteremos a mesma metodologia de avaliar o aprendizado.
Procurem verificar, pois ja iniciamos a segunda unidade do programa.
Concluindo a unidade II passsaremos para a III e realizaremos mais uma atividade.
Abraços,
Prof. Idaildo Souza
O resultado da enquete foi de que 96% dos alunos (que responderam) gostaram do tipo de atividade enviada e querem que a segunda atividade siga o mesmo padrao.
Assim, manteremos a mesma metodologia de avaliar o aprendizado.
Procurem verificar, pois ja iniciamos a segunda unidade do programa.
Concluindo a unidade II passsaremos para a III e realizaremos mais uma atividade.
Abraços,
Prof. Idaildo Souza
Facilitando a elaboraçao da conclusao da monografia
A
conclusão é uma das partes mais importantes da monografia, enfim, de qualquer
trabalho acadêmico. Ela mostra a síntese de todo o conteúdo pesquisado, as
informações relevantes, os apontamentos essenciais e as diretrizes para futuras
pesquisas sobre o mesmo tema, e/ou evoluções deste.
É
uma das etapas, talvez, mais importante de um trabalho, portanto, não é
diferente para a monografia.
A
redação da conclusão deve ser direta, clara, relevante, empreendedora, pois
deve representar o fechamento de um ciclo de estudo.
Para
ter excelência, a conclusão de um trabalho acadêmico não se deve discorrer
sobre tudo quanto foi examinado durante o processo de pesquisa, mas sim, focar
exatamente na proposta, no tema eleito, de forma a apontar sua situação e os
caminhos de resolução da problemática levantada e da hipótese construída.
Em
termos práticos, o aluno deve considerar que um dos elementos relevantes na
parte conclusiva do seu texto monográfico é a sua hipótese de pesquisa. Para
isso ele precisa verificar sua introdução, onde estabeleceu sua hipótese de
pesquisa.
Assim,
enquanto você realizava sua pesquisa, suas hipóteses se mantiveram válidas ou
caíram? Essa é uma informação muito interessante para que outras pessoas que
estejam pesquisando sobre o mesmo tema, e por acaso usem sua monografia como
fonte de pesquisa bibliográfica, possam aproveitar melhor o seu trabalho.
Não
menos importante, deve-se manter na conclusão do trabalho um parágrafo sobre o objetivo geral e os objetivos especificos da pesquisa,
propostos no anteprojeto e mantidas na introdução. Confira nessa paragrafo como
tais objetivos foram alcançados durante a escrita do texto monográfico. A isto
se chama descrição metodológica e é bastante enriquecedor para seu trabalho.
Mesmo
que a priori pareça difícil, busque ressaltar a metodologia na conclusão de sua
monografia. Na construção desses paragrafo, cabe destacar como foi o andamento
metodológico durante a elaboração? Que tratamento foi dado aos seus dados
coletados? Não se faz necessário descrever pormenorizadamente sua metodologia
no tópico conclusivo, já que este é o papel da introdução. Deve-se sim fazer
uma ligeira retomada, já apresentando alguns resultados, pois vai ser algo
bastante construtivo.
Também
na conclusão monográfica ou no encerramento é prudente e proveitoso destacar os
elementos ou mesmo as variáveis mais expressivas que estão relacionadas ao tema
de sua pesquisa.
Os
elementos e variáveis mais expressivas foram destacadas em capitulo especifico,
contudo é possível enriquecer a conclusão com tais informações, desde que estejam
bem objetivas e apresentando o resultado da pesquisa.
Uma
dica importante para compor a conclusão, decorre do fato de, em muitas situações,
não ter-se realizado (por qualquer motivo) determinado experimento ou pesquisa,
sendo que a mesma seria interessante ao trabalho, ou até mesmo, quando os
resultados obtidos numa pesquisa, coleta de dados ou experimento não apresentarem-se
com o resultado esperado. De posse de tal situação pode-se acrescentar tal fato
como informação na conclusão de sua monografia.
Ao
contrário do que você possa imaginar estes dados não desmerecem seu trabalho
nem o conteúdo científico contido no mesmo. Tal clareza na conclusão demonstra
sua boa vontade e seu conhecimento, afinal você teve o discernimento sobre a
relevância e as dificuldades aparentes. Esse destaque aponta para o fato de que
o trabalho, ao menos, buscou a devida profundidade acadêmica.
Outra
dica importante é não esquecer que, devem-se destacar os chamados elementos
conclusivos propriamente ditos, ou seja: os resultados alcançados.
Considerando
os elementos conclusivos, deve-se abordar o mais importante de sua conclusão, e
também o mais conhecido, sendo interessante nesta área apontar as surpresas e
discutir sobre as inflexões ou consequências para o objeto da pesquisa.
Enriqueça
seus comentários com um tratamento de texto elaborado, o que sem dúvida chamará
a atenção de quem estiver lendo seu texto.
Será
bastante enriquecedor apontar na conclusão os passos seguintes do tratamento do
seu tema monográfico.
Aborde
o que você faria se tivesse mais tempo ou condições para a pesquisa. Seria uma indicação
de novas pesquisas e/ou trabalhos acadêmicos.
Pense
sobre quais trabalhos poderiam ser interessantes para outras pessoas que fossem
continuar seu trabalho, quais outros aspectos a considerar.
Isto
também é válido na defesa e apresentação de sua monografia perante a banca, e
demonstra um nível de desenvolvimento bastante interessante.
Não
encerre a conclusão de sua pesquisa monográfica sem ao menos um parágrafo desta
natureza.
Reforçando
que o tamanho da conclusão não deve destoar do tamanho total da pesquisa,
funcionando em proporção exata. Por exemplo, em um trabalho de 40 laudas, duas
(2) laudas de conclusão serão o suficiente para salientar os apontamentos
pertinentes.
Em
outras palavras, contrariando o que muitos alunos pensam a conclusão de um
texto monográfico não precisa ser longa.
Em
síntese, uma boa conclusão deve assemelhar-se a uma chave de ouro na pesquisa acadêmica, explicitando sua profundidade,
eficiência e contribuição no meio científico.
Prof. Idaildo Souza
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