É normal que, no processo de escrita de monografia, seja anteriormente, quando ainda se está na fase de elaboração de um projeto de pesquisa, ou posteriormente, busca-se a construção de hipóteses.
No entanto, esta não é uma regra, já que a hipótese de uma mnografia fundamentado em uma pesquisa de campo, por exemplo, poderia ser mais propriamente denominada como uma suposição.
Tem-se que a melhor definição para uma hipótese de um trabalho monografico seria o de uma afirmação, que pode mesmo ser negativa, ou seja, negar o tema da monografia, mas que tem o peso de apresentar uma possibilidade, profundamente baseada no problema da pesquisa monografica.
Esta hipótese deve ser passível de confirmação ou de negação, e será a partir dela que se montará a metodologia de pesquisa apresentada no projeto de pesquisa.
Há várias formas de hipóteses, sendo que uma das maiores dúvidas para os alunos, ao escrever suas monografias é não saberem escolher qual o melhor modelo hipotético, assim como definir, após a escolha, qual ou quais as melhores hipóteses caberiam em seu trabalho.
Uma hipótese deve ser verificável, comprovável ou negável, mas ela não pode deixar de apresentar um caminho para a pesquisa monografica.
O que acontece com muitos alunos, ao escolherem sua hipótese e, após montado o projeto de pesquisa e iniciada a escrita da monografia, e ao efetivarem a pesquisa bibliográfica ou de campo, de acordo com o caso mas principalmente neste último, é descobrirem que a hipótese inicialmente apontada foi negada pelo experimento ou pela pesquisa realizada, o que pode ser frustrante para alguns.
Isto é mais frequente em monografias cuja metodologia de pesquisa seja profundamente embasada em experimentos e investigações variadas e mais complexas, de resultados mais imprevisíveis, de forma que um exemplo em que haja negação de hipóteses anteriormente apresentadas ocorre comumente em dissertações de mestrado.
Mas não se preocupe. Uma resposta negativa também é uma resposta, tão válida quanto uma positiva, de forma que sua monografia está coerente. Assim, se isso ocorrer, trate sobre no próprio texto, principalmente na conclusão do trabalho.
Tipos de Hipóteses:
Havendo vários gêneros hipoteticos, torna-se difícil, muitas vezes, definir qual o melhor a ser aplicado. Porém, devido aos elementos próprios a toda hipótese, fica mais fácil acertar na escolha.
Primeiramente, poderíamos tratar das hipóteses da pesquisa. Elas geralmente se fazem presentes em uma monografia em que a metodologia é baseada em estudos práticos ou de campo, ou seja, em que haja necessidade realmente de uma pesquisa bem fundamentada. Nestas situações, sempre se usará da hipótese da pesquisa. Basicamente, sua escolha recairá sobre a justificativa da monografia, já que as razões fundamentadoras são coligadas às variáveis da pesquisa e da metodologia cientifica, que influenciam diretamente a busca das hipóteses
Outro tipo de hipótese é aquela denominada como diretiva. Ela aponta o caminho da pesquisa, já que aponta mais claramente o efeito da causa, ou o problema. Por exemplo:
- Os peixes que se alimentam com ração de origem animal desenvolvem 30% a mais de gordura.
Já uma hipótese para monografia não diretiva não aponta o caminho da pesquisa, apesar de também fazer uma afirmação:
- Os peixes que se alimentam com ração de origem animal possuem mais gordura
Existe também a hipótese vazia. Esta forma de afirmação hipotética, mais usada em monografias ou pesquisas em que haja uma base estatística mais ampla, não apresenta uma suposição.
Esta hipótese, por ser ampla, é mais difícil de ser refutada, mas por vezes pode demonstrar um aluno um pouco preguiçoso e que não quer correr riscos.
Sempre alertamos aos nossos alunos para que evitem, sempre que possível, o uso de uma hipótese vazia.
POSSO FAZER MINHA HIPOTESE QUANDO?
Uma boa hipótese pode ser feita quando o aluno já tem um pouco de domínio sobre o tema de sua pesquisa monografica, de forma que já possa fazer uma predição, mais ou menos elaborada, sobre o que esperar durante a pesquisa para seu trabalho monográfico ou sua dissertacao de mestrado.
Sendo que o papel da hipótese é de orientação, ela deve ser capaz de indicar o resultado esperado se um dos elementos do problema monografico se modifica. Quer dizer, ela deve poder mostrar
HIPOTESE OU SUPOSICAO? QUAL A DIFERENÇA?
Você saberia afirmar a diferença?
Em uma monografia, geralmente o termo mais utilizado seria o de suposição, ao invés de hipótese, já que na quase totalidade dos TCCs ou dos projetos de pesquisa que chegam até nós, o que é denominado como hipótese na verdade se encaixaria mais propriamente no conceito de suposição.
- A suposição nunca apresenta um resultado possível de ser verificado, nunca contam com uma solução para o problema da monografia.
- Nunca contam com uma relação de causa e efeito.
- A suposição seria ainda mais ampla e menos verificável que a hipótese vazia ou estatística apresentada acima.
Assim, as suposições são afirmações mais básicas, ao contrário das hipóteses, que necessariamente precisam estabelecer relações entre os diversos elementos do problema e precisam ser colocadas como relações causais e efeito.
Torna-se ainda óbvio afirmar que o estabelecimento da hipótese, ou das hipóteses em uma monografia deve ser coeso com os demais elementos do trabalho monografico ou do projeto de pesquisa.
COMO ESCREVER UMA BOA HIPOTESE
Aqui, vamos relembrar: a hipótese em uma pesquisa monografica ou mais especificamente em um projeto de pesquisa precisa correlacionar aspectos do problema em uma relação de causa e efeito. Precisa também ser comprovável, ou negável, com a realização de experimentos, pesquisas ou análises.
A resposta a uma boa hipótese deve ser conclusiva, do tipo: a afirmação ou é verdadeira ou não é, não sendo possível considerar válida somente uma parte da hipótese, ou aceitá-la sob ressalva.
Em relação à hipótese, isto é verdadeiro porque cada projeto de investigação ou monografia terá várias hipóteses, geralmente cada uma para cada objetivo.
Assim, a situação hipotética será escrita de modo simples, de escrita bem esclarecedora e deve resumir o mínimo possível de elementos variáveis, de preferência construir uma hipótese para cada variável, assim não há risco de errar.
Desta feita, veja alguns pontos para elaborar uma boa hipótese em uma monografia, um projeto de pesquisa ou um tcc:
- Ela deve ser passível de verificação por experimentos, pesquisas ou análises
- Cada situação hipotética deve ter limites, não podendo albergar todas as variáveis do problema de pesquisa.
- Ela deve determinar a relação entre variáveis da pesquisa.
- Seguindo a regra de escrita de trabalhos monograficos, a redação da hipótese deve ser simples e direta.
Ao escolher a hipótese, o aluno precisa determinar quais as variáveis mais importantes, não valendo a pena “encher linguiça” com variáveis que não são importantes para o TCC ou o projeto de pesquisa.
Esperamos que você tenha um ótimo trabalho com as suas hipóteses.
Ms Idaildo Souza
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