2 de set. de 2010

Análise de projetos

Um projeto é uma entidade de vida limitada, já que a amplitude pode variar e a avaliação tem grande importância para a decisão de investimentos, para que o agente não incorra em gastos antieconômicos e, ou, mal dimensionados (NORONHA, 1987; WOILER; MATHIAS, 1986).
Para Buarque (1991), a avaliação econômica de projetos consiste em:
1) Ajustar o orçamento do projeto do ponto de vista do empresário, de maneira a transformá-lo em um orçamento econômico, através do uso de preços especiais diferentes dos preços de mercado. A esses preços chama-se preços-sombra e correspondem ao valor que a sociedade atribui aos insumos e aos produtos do projeto; 2) Incluir no orçamento todos os benefícios e custos que, sem incidir no projeto do ponto de vista do empresário ocorrem direta ou indiretamente por causa desse projeto. A esses custos ou benefícios chama-se de economia externa do projeto.

A importância do projeto pode ser avaliada sob diferentes critérios. Tipo: a) critérios em termos correntes que verifica, por exemplo, a rentabilidade simples; o período de retorno e a relação benefício-custo. b) critérios de desconto que levam em conta as relações benefício-custo; valor atual líquido (valor atual líquido por unidade de investimento) e a taxa interna de retorno – TIR (taxa interna financeira de retorno – TIRF e taxa interna econômica de retorno – TIRE, sendo que para o cálculo da TIRE é necessário transformar o fluxo de fundos financeiros (a preço de mercado) em fluxo de fundo econômico).
Segundo Buarque (1991), é necessário tomar algumas providências no cálculo da TIRE:
1) Eliminação das transferências entre membros da sociedade. Alguns pagamentos que aparecem nos fluxos de custos da análise financeira não representam utilização direta dos recursos da economia, mas simplesmente refletem a transferência do controle sobre estes recursos de um membro da sociedade a outros (por exemplo, pagamento de juros, reembolsos ou empréstimos, atribuições para depreciação, impostos diretos ou indiretos, subsídios) e não representam assim gastos nem benefícios para o conjunto da sociedade.
2) Ajuste nos preços utilizados na elaboração do fluxo de fundos financeiros, que transforme os valores de mercado em valores econômicos. A orientação básica para a realização dos ajustes que transformam os custos e benefícios privados em econômicos consiste em determinar o custo ou o valor de oportunidade econômica, para a coletividade, de cada bem ou insumo do projeto.
3) Inclusão das externalidades. Alguns dos efeitos do projeto sobre o conjunto da economia não exercem influência sobre a empresa, não sendo considerados no fluxo de fundos privado, mas, do ponto de vista econômico, entretanto, têm que ser considerados como economias externas.

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