10 de jul. de 2010

Mapas de Indiferença

As preferências de um consumidor relacionadas com todas as combinações de alimentos e vestuário podem ser representadas por um conjunto de curvas de indiferença, que se denomina mapa de indiferença.
As curvas de indiferença “não podem se interceptar”. Se isso acontecesse iria de encontro às premissas do comportamento do consumidor.

Curvas de Indiferença

“Uma curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado que fornecem o mesmo nível de satisfação a uma pessoa” para a qual são indiferentes as cestas de mercado representadas ao longo da curva de indiferença.
As premissas básicas das preferências indicam que o consumidor poderá sempre manifestar sua preferência por uma determinada cesta em relação a outra ou a indiferença pelas duas. Essa informação serve para ordenar todas as alternativas de consumo.


A curva de indiferença é inclinada negativamente da esquerda para a direita. Essa forma da curva se explica com base na premissa “de que uma quantidade maior de qualquer mercadoria é sempre melhor do que uma quantidade menor”.

Premissas Básicas sobre Preferências

A preferência do consumidor apresenta as premissas a seguir, válidas para a maioria das pessoas na maior parte das situações:

1. Integralidade. As preferências são completas, ou seja, os consumidores podem comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Para as cestas A e B preferirá A a B, B a A ou será indiferente.
2. Transitividade. Significa que se um consumidor prefere a cesta A a B e B a C, então ele prefere A a C.
3. Ter mais é preferível a ter menos. Os consumidores sempre preferem quantidades maiores de cada mercadoria. Logo nunca estão completamente saciados. Mais é sempre melhor, ou seja, desejável.

A Taxa Marginal de Substituição - TMS

Segundo a visão neoclássica, a declividade de uma curva de indiferença é chamada de taxa marginal de substituição (TMS).
Esse nome resulta do fato de esta medir a taxa exata à qual o consumidor está disposto a substituir um bem por outro (principalmente para melhorar seu consumo, por meio da satisfação).
A razão que define a taxa marginal de substituição descreverá sempre a declividade da curva de indiferença: a taxa à qual o consumidor está disposto a substituir um pouco mais de consumo do bem 2 em troca de um pouco menos de consumo do bem 1.
Contudo, a Taxa marginal de substituição é um número negativo.


Uma outra interpretação da TMS


O consumidor se encontra justamente na margem de estar disposto a “pagar” algo do bem 1 a fim de comprar algo a mais do bem 2. A declividade da curva de indiferença mede a propensão marginal a pagar.
Se você utilizar a TMS segundo a interpretação da propensão marginal a pagar, deve ter o cuidado de enfatizar tanto o “marginal” quanto a “propensão” .
A TMS mede a quantidade do bem 2 que estamos dispostos a pagar por uma quantidade marginal de consumo adicional do bem 1. Isso pode ser diferente da quantidade que você deve pagar realmente. Quanto você deve pagar depende do preço do bem considerado.
Quanto você está disposto depende somente de suas preferências.

5 de jul. de 2010

Análise de Custos


A análise de custo também é componente fundamental para a tomada de decisão do administrador. No curto prazo, ela o auxilia a planejar o nível mais lucrativo de produção e, no longo prazo, é importante para decisões quanto ao aumento ou redução do tamanho da empresa.

Curto Prazo x Longo Prazo:

Curto Prazo
Entende-se por curto prazo o período no qual a empresa pode alterar um ou alguns, mas não todos, insumos. Por exemplo, no curto prazo, uma empresa pode contratar mais funcionários e comprar mais matéria-prima, mas mantém inalterada sua planta produtiva e a quantidade de equipamentos.

Longo Prazo:

O longo prazo diz respeito à situação na qual todos os insumos podem ser alterados. Isto é, a empresa pode, além de contratar mais funcionários e comprar mais matéria-prima, aumentar ou diminuir a sua planta produtiva e a quantidade de equipamentos.
Comentário: A partir da definição de curto e longo prazo, depreende-se que, primeiro, a empresa esgota as possibilidades de produção alterando apenas alguns insumos, como matéria-prima e funcionários (curto prazo), para só depois modificar os demais insumos, como planta produtiva e bens de capital (longo prazo).

Custo
O custo de algo pode ser entendido como uma medida do sacrifício ocorrido para se fazer algo. Podemos classificá-lo segundo a finalidade para a qual as informações são usadas (contábil e econômico) e a possibilidade de alteração do curto prazo (fixo e variável).

Custo Contábil
Entende-se por custo contábil a quantia desembolsada pela empresa para produzir. O custo contábil é apurado para fins de relatórios financeiros.

Custo Contábil = Custos Explícitos

Exemplo: Uma empresa obteve receitas no valor de R$ 10.000,00, pagou R$ 4.000,00 de aluguéis e R$ 5.000,00 de salários. Determinar o custo e o lucro contábil.
Resolução:
Custos contábeis de R$ 9.000,00 (R$ 5.000,00 + R$ 4.000,00) e lucro contábil de R$ 1.000,00 (R$ 10.000,00 – R$ 9.000,00).

Custo Econômico
O custo econômico é avaliado para fins de tomada de decisão. Inclui, além do custo contábil (custo explícito), os custos implícitos, que compreendem os custos de oportunidade do tempo e do capital investido na produção.

Custo Econômico = Custos Explícitos + Custos Implícitos

Exemplo: Mister X era funcionário de uma empresa de informática e ganhava R$ 36.000,00 por ano. Ele decidiu abrir seu próprio negócio e investiu R$ 50.000,00 de suas economias, que poderiam ser aplicados à taxa de 10%a.a. No primeiro ano, a empresa obteve receita de R$ 81.000,00 e custos explícitos de R$ 40.000,00. Determinar o custo e o lucro econômico e comparar com o custo e o lucro contábil.
Resolução:
§ Custos contábeis de R$ 40.000,00 (custos explícitos).
§ Custos econômicos de R$ 81.000,00 (custos explícitos + custos
implícito)
- Custos explícitos = R$ 40.000,00
- Custos implícitos = R$ 41.000,00 (R$ 5.000,00, do capital investido, + R$ 36.000,00, do tempo ou salário abdicado).
§ Lucro contábil = R$ 41.000,00 (R$ 81.000,00 – R$ 40.000,00)
§ Lucro econômico = R$ 0 (R$ 81.000,00 – R$ 81.000,00)
Comentário: o lucro econômico é a diferença entre a receita e o custo econômico.

Custos Fixos (CF): são aqueles que não se alteram no curto prazo. Ou seja, não variam quando se aumenta ou reduz a produção.

Custos Variáveis (CV): alteram-se no curto prazo e, portanto, variam à medida que a produção da empresa aumenta ou diminui.

Comentário: O Custo Total (CT), no curto prazo, é a soma dos custos fixos com os custos variáveis.

Custo Total = Custos Fixos + Custos Variáveis

Exemplo: A Empresa W Ltda. paga R$ 10.000,00 pelo aluguel de equipamentos (leasing operacional com contrato de 2 anos) e R$ 20.000,00 pelo aluguel de instalações (contrato de 2 anos). Além disso, paga R$ 2.000,00 de salário, para cada um de seus 20 funcionários, e R$ 5.000 para cada lote de matéria-prima empregada (atualmente emprega 10 lotes na produção). Determinar o valor dos custos fixos, dos custos variáveis e do custo total.
Resolução:
§ Custos Fixos: R$ 30.000,00 (R$ 10.000,00, do leasing + R$ 20.000,00, aluguel das instalações).
§ Custos Variáveis: R$ 90.000,00 (20 x R$ 2.000,00 + 10 x R$ 5.000,00).
§ Custo Total: R$ 120.000,00 (R$ 30.000,00 + R$ 90.000,00).
Comentário: No longo prazo todos os custos são variáveis. Então, o custo total pode ser escrito como: Custo Total = Custos Variáveis.

Funções de Custo Total, Médio e Marginal:

Uma função de custo é uma relação matemática que indica o custo mínimo possível para produzir determinada quantidade de um bem ou serviço.

C = f (Q)

Função de Custo Médio:
Define o custo por unidade de produto. Em outras palavras, é a razão do custo pela quantidade produzida.

No horizonte de curto prazo, o custo médio por ser dividido em Custo Fixo Médio F C e Custo Variável MédioCV . A soma de CF com CV resulta no Custo Total Médio CT.

Função de Custo Marginal:
Define o quanto se adiciona ao custo quando se produz uma unidade adicional de um bem ou serviço.

Curva de Oferta da Empresa Competitiva no Curto Prazo:

A Curva de Oferta da empresa, no curto prazo, equivale à curva de custo marginal tomada a partir do segundo ponto, já que a empresa não teria incentivo econômico para produzir quantidades inferiores.

A Oferta no Longo Prazo:

Com a premissa de que o mercado é perfeitamente competitivo, no longo prazo, o Custo Marginal se iguala ao Custo Total Médio (Cm = CT ) , ou seja o lucro da empresa é igual a zero (L = 0) .
Cabe destacar que a possibilidade de lucro zero (lucro econômico igual a zero) no longo prazo não significa que as empresas não terão interesse em permanecer no mercado, uma vez que o custo marginal já incorpora a taxa de retorno esperada do capital (custo de oportunidade da economia). Dessa forma, o lucro econômico positivo significa estar acima do custo de oportunidade da economia, o que atrai novos concorrentes no mercado.

No longo prazo, como todos os custos são variáveis, para a empresa, valerá a pena produzir se R> ou = CT.
A Curva de Oferta no longo prazo será equivalente à Curva de Custo Marginal acima do ponto onde (Cm = CT ) .

Comentário: No longo prazo, só vale a pena a empresa produzir se a Receita for igual ou maior que Custo Total.
Adptado do Professor Marcelo Menezes Saraiva, por MSC. Idaildo Souza

Avaliação N2

Saudações a todos,

Estaremos completando a avaliação N2 com uma prova, no dia 08 de julho de 2010.

Não esqueçam de revisar o conteúdo.

Todas as atividades deverão ser revisadas, assim como, os conteúdos ministrados na sala e disponibilizadas na fotocopiadora.


Cordialmente,


Msc. Idaildo Souza da Silva

Equilíbrio de Mercado


Entende-se por equilíbrio de mercado a situação em que a demanda por bens ou serviços se iguala à oferta. O equilíbrio reflete a situação em que o preço é determinado pelas forças de mercado e não se altera a menos que haja mudança na curva de demanda ou oferta.

Equilíbrio de Mercado ► Demanda = Oferta

Mercado fora do equilíbrio:

Em um mercado suficientemente competitivo, se o preço estiver acima do preço de equilíbrio, haverá excesso de mercadorias (oferta maior que demanda) e as empresas não terão incentivos
para produzir aquela quantidade. Assim, preço e quantidade produzida reduzem e o mercado alcança o equilíbrio. Caso o preço esteja abaixo do preço de mercado, a demanda será maior que a oferta e a mercadoria se tornará mais escassa. Com isso o preço aumenta e a quantidade demandada reduz, trazendo a economia para o equilíbrio.

Excedentes do Consumidor e Produtor:

Pode-se definir excedente do consumidor como a diferença entre o preço que o consumidor estaria disposto a pagar (preço de reserva) e o preço efetivamente pago (preço de mercado). O excedente do consumidor representa o benefício que o consumidor obtém quando paga um preço inferior ao que estaria disposto a pagar. O excedente também pode ser utilizado como medida do bem-estar. Quanto maior o excedente, maior o bem-estar.

Como calcular o excedente do consumidor:
O excedente do consumidor pode ser calculado tomando-se a área abaixo da curva de demanda e acima da linha que passa pelo preço de equilíbrio. Se a função de demanda for linear, pode-se calcular o excedente pela equação:

EC = (Pmáx – P*) x Q*/2
Excedente do Produtor:

O excedente do produtor pode ser definido como a diferença entre o preço que o produtor estaria disposto a vender (preço de reserva) e o preço de venda (preço de mercado). O excedente do produtor representa o benefício que o produtor obtém por vender seu produto a um preço superior ao que estaria disposto a vender. Quanto maior o excedente do produtor, maior o seu bem-estar.

Como calcular o excedente do produtor :

O excedente do produtor pode ser calculado tomando-se a área abaixo da linha que passa pelo preço de equilíbrio e a acima da curva de oferta. Se a função de oferta for linear, pode-se calcular o excedente pela equação:

EP = (P* – Pmín) x Q*/2

Excedente total da economia:

O excedente total da economia é a soma dos excedentes do consumidor e produtor. Quanto maior o excedente da economia, maior o bem-estar.

ET = EC + EP

Excedente do Governo

Na seção anterior vimos como se calcula os excedentes do consumidor e produtor em uma economia sem Governo. Quando adicionamos o Governo, temos de incluir sua receita tributária. Dessa forma, ambos os excedentes do consumidor e do produtor diminuem. Além isso, a entrada do Governo gera uma queda no excedente total da economia, uma vez que produz uma perda de peso morto (cunha fisca l).

O produtor recebe pela mercadoria um preço inferior ao preço de equilíbrio, uma vez que também deverá pagar tributos (PV

3 de jul. de 2010

Economia da Produção

Como foi visto, a análise da demanda permite à empresa estimar receitas e vendas, além de compreender o comportamento dos consumidores do seu produto. Além disso, possibilita a tomada de decisão quanto à quantidade de insumos que deverá ser utilizada na produção do bem. Cabe à empresa, por meio da análise da produção, determinar o tipo e quantidade de recursos que deverão ser empregados na produção. Feito isso, iremos adicionar a restrição tecnológica para resolver o problema da empresa: maximizar o lucro.

Produção
Entende-se por produção a criação de um bem ou serviço que possua valor para o consumidor. Assim sendo, a empresa deve se ocupar em produzir bens e serviços que sejam demandados pelos consumidores.

Função de Produção e Tecnologia
A função de produção define o máximo que pode ser produzido a partir de uma certa quantidade de insumos e de uma dada tecnologia. A tecnologia representa a forma como são utilizados os insumos, isto é, diz respeito à qualidade da mão de obra, equipamentos utilizados e processos de produção. É a função de produção que define a tecnologia empregada pela empresa.

Produto Marginal
Representa o quanto se acrescenta na produção quando se adiciona uma quantidade de insumo.

Produto Médio
Dada uma escala de produção Q e um nível de insumos I, o produto médio representa o
quanto se acrescenta, em média, na produção quando se adiciona uma quantidade de insumo.